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sábado, 21 de agosto de 2010

Monólogo de um Sábado a tarde

As vezes eu acho que esses obstáculos e empecilhos que aparecem em determinadas situações são apenas alguma divindade dizendo: O garota, não está vendo que não vai dar certo?
Eu já estou ficando com medo de tentar, com medo de que realmente seja uma guerra perdida e que eu seja idiota demais em acreditar.
Meu dia estava ótimo (pegadinha do malandro) então resolvi morrer um pouco, me joguei no sofá e compartilhei com a casa vazia alguns gritos e litros de lágrimas. 
Hmm, me diz, você já chorou de verdade? 
(Qual é? Estamos em uma conversa informal, pode ser sincero comigo, sinceridade é uma dádiva e eu preciso conversar).
Aquele choro que vem da alma, sabe? Aquele que você não controla e que quase te sufoca em meio a soluços e nariz escorrendo. Pois então, esse foi meu choro e ao longo desse texto tenho certeza que ele vai chegar do meu lado para mais algumas rodadas. 
Uma barra de chocolate ao lado, coca-cola e um pacote de bolacha, que maravilha não é? Meu maior problema é sem dúvida recorrer à comida como válvula de escape para minha ansiedade, mas quer saber? Não tem coisa melhor que um pouco de chocolate pra curar um dia mais ou menos.
Tudo isso que faço ou que sinto, é algo velado e escondido, pois, tento passar uma imagem de "está tudo bem galera, eu já superei" mas não, eu não superei e me pergunto se algum dia vou superar. 
Algumas pessoas me dão bons conselhos sabe?
"Você tem que querer superar", concordo
"Você tem que se ajudar", concordo também
"Troca o foco", boa idéia.
Recorri à TV achando que poderia haver algo bacana, sei lá, algum filme interessante ou até o canal do boi talvez. Nadinha, nada de bom passando lá,  mas olha como as coisas são, na busca de algo acabo caindo no programa do Raul Gil onde o Buchecha cantava "Fico assim sem você", claro alguém estava sacaneando comigo. Mais alguns minutos e uma menina começa a cantar Who Knew da Pink, aí foi a gota d'agua, porque essa é exatamente "a música" que me faz remoer tudo isso. Já leu a letra? Não? Aconselho que leia, é bacana. Iincrível como algumas músicas se encaixam perfeitamente em determinadas situações e essas mesmas músicas acabam com seu humor, porque você é masoquista e vira e mexe vai dar um jeito de colocá-las para tocar.
Eu não sei, sinto que o ser humano se agarra de uma forma tão intensa em determinas coisas que não percebe quando está nadando contra a corrente ou, não quer perceber
Me disseram que eu gosto de sofrer, mas talvez não me entendam muito bem, nesse sofrimento eu encontro minha redenção, porque só lembro das coisas boas (e ruins) quando sofro, se estou feliz a lembrança some e eu quero lembrar eu não quero que tudo desapareça.
E agora, ainda com os olhos inchados eu recorro ao blog como uma segunda válvula de escape (já que não consegui comer todo o chocolate).
Nessas horas uma máquina do tempo seria de grande ajuda, eu poderia ir direto para o dia em que as coisas estivessem bem resolvidas e mesmo que uma figura não estivesse presente, tenho certeza que eu já teria me acostumado a viver sem.

Priscila T. Ramos




OBS: Peço desculpas se esse texto não se enquadra no blog, mas eu precisava escrever sobre.
PB, ainda não revisei, quando eu voltar ajeito os erros  e a pontuação então não brigue comigo u_u

Um comentário:

priscilabonatto. disse...

¬¬ vc falou em pegadinha do malandro e agora o arthur entrou no quarto e disse "pity,olha aqui", quando eu olhei ele esguichou agua na minha cara com uma arminha de agua e saiu gritando "pegadinha do malaaaandro" ¬¬ HAUHAUAHA