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sábado, 11 de setembro de 2010

Hoje sinto-me culpada.

Hoje eu não quero mandar nada nem ninguém se foder.
Desejo é pedir desculpas.
A vocês dois, meus avós, que eu sei que me amam demais e têm sempre boas intenções, mas cuja convivência amargurou a relação, tornando-me fria, ríspida e ingrata. Eu lhes devo muitas desculpas, eu sei, mas é que não consigo agir de outra forma. As idades são muito distantes, às vezes eu não os entendo e nem vocês a mim. Mesmo assim, continuam fazendo o que podem, continuam zelando pela neta por vezes "desnaturada". Sinto muito se não sei retribuir, sinto muito se não sei me expressar, se deixei as coisas chegarem num ponto em que não sou capaz de reverter.
Quero me desculpar contigo, pai, pelas palavras ditas no impulso, pelo que você não deveria ter ouvido - embora não fosse mentira -, pelo que não é, mas talvez tenha soado como culpa sua. 
Peço desculpas a você também, que já faz parte da minha vida  ha cinco anos, que me atura diariamente e que têm sido paciente nessas últimas semanas. Sei que não sou a única errada, mas reconheço minha parcela e desculpo-me pelos momentos estragados, pelas insistências e pela falta de humor que tem me acompanhado.
Acho que por hoje, é só. Nenhum texto extraordinário nem algo que vá mudar muita coisa, mas dizem que é bom desabafar, escrever, né? Então tá aí.

Priscila Bonatto

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